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  • Marlon Câmara

Músicas famosas do Zeca Baleiro: conheça e ouça os 12 maiores sucessos do cantor

Updated: Apr 15, 2023

Cantor maranhense lançou diversas músicas de sucesso, com hits que tocaram no rádio, em novelas e até hoje são muito populares. Ouça as 12 músicas que mais se destacaram

 

Zeca Baleiro é um dos principais nomes da MPB que surgiram com grande sucesso no final dos anos 90. Com músicas de letras muito poéticas e melodias bem trabalhadas, falando de amor ou de histórias do cotidiano, o cantor fez muito sucesso com sua voz grave e seu grande carisma.


Com 13 álbuns lançados, o cantor nascido em Arari, no Maranhão, atravessou gerações com inúmeros hits e faixas muito populares. Os três primeiros álbuns de Zeca, aliás, conquistaram o disco de ouro, com mais de 100 mil cópias vendidas, e levaram o cantor a concorrer três vezes ao Grammy Latino, incluindo na categoria “Melhor Álbum Pop”, em 2000, com o disco Líricas.



Zeca Baleiro com violão cantando ao vivo
Zeca Baleiro é um dos principais artistas da MPB

Apesar de contar com diversos sucessos, selecionamos as músicas da carreira do artista que ficaram mais famosas, seja por serem trilhas de novela ou populares no rádio. Veja a seguir e ouça cada uma nos vídeos abaixo.


Telegrama (2002)


Composta pelo próprio Zeca Baleiro, essa música foi o grande sucesso do álbum PetShopMundoCão, quarto disco do artista, lançado em 2002. Apesar de ter um clima leve e divertido, traz uma letra com diversas provocações complexas, como os versos do início "Eu 'tava triste tristinho / Mais sem graça que a top model magrela na passarela / Eu 'tava só sozinho / Mais solitário que um paulistano".


O refrão, com um gancho bastante popular e cativante, fala repetidamente "Mama, ô mama / Quero ser seu, quero ser seu papa". A versão original da música possui mais de 6 minutos de duração, porém mesmo assim foi um grande sucesso nas rádios brasileiras, com muitas reproduções durante a época do lançamento e até os dias de hoje.


A música Telegrama fala sobre a alegria que o artista sente ao receber uma mensagem da sua amada, que chega na forma de um telegrama. Os versos contam justamente como foi o recebimento da carta e as palavras que ela trazia, como "Baby, sinta-se feliz / Porque no mundo tem alguém que diz / Que muito te ama".


Apesar do grande sucesso de Telegrama, o disco PetShopMundoCão, sucessor dos três discos mais famosos de Baleiro, não foi um sucesso de crítica e público, sem incluir outros hits além deste.






Lenha (1999)


Uma das músicas mais famosas da carreira de Zeca, ela foi composta pelo próprio artista e lançada no seu segundo álbum, Vô Imbolá, de 1999. Apesar disso, a música já havia feito sucesso anteriormente no disco de estreia da cantora Rita Ribeiro, que foi produzido e contou com diversas composições de Baleiro.


Lenha é uma música que expressa a falta de criatividade de um compositor, em seu bloqueio de criação. Ela foi composta de madrugada, inspirada pelo músico vanguardista Walter Franco, um dos artistas de referência de Baleiro. A letra tem justamente uma simplicidade lírica, com seus versos diretos: "Mas se eu digo venha / Você traz a lenha / Pro meu fogo acender".


De acordo com o ECAD, Lenha foi a oitava música mais tocada nas rádios brasileiras entre os anos de 2001 e 2012.





Proibida Pra Mim (2000)


Apesar de não ser uma música composta por Zeca Baleiro, Proibida Pra Mim é uma das principais músicas do repertório do maranhense. A canção foi feita pela banda Charlie Brown Jr., e lançada no disco de estreia do grupo, Transpiração Contínua Prolongada, de 1997. Zeca gravou a canção no seu disco Líricas, de 2000, em uma versão mais lenta e suave.


A regravação de Zeca Baleiro, assim como a versão original, foi um enorme sucesso, inclusive figurando em trilhas sonoras como da novela Alta Estação, da Rede Record, Geração Brasil, da TV Globo.


A letra, escrita pelo cantor Chorão, é uma homenagem romântica à esposa do artista. Entre seus versos mais conhecidos estão "Se não eu / Quem vai fazer você feliz?".





Quase Nada (2000)


Quase Nada foi lançada em 2000, no disco Líricas, de Zeca Baleiro. A música, composta pelo cantor com a poetisa Alice Ruiz, tem versos bastante sensíveis e com tons de poesia - seguindo a tônica principal do disco -, com vários jogos de palavras, em um ritmo sereno e suave.


A letra retrata a incerteza em relação ao futuro, a falta de informações concretas sobre a vida do outro e a dificuldade em entender seus pensamentos e sentimentos. Dentre os versos mais importantes estão "De você / Sei quase nada / Pra onde vai / Ou por que veio / Nem mesmo sei / Qual é a parte da tua estrada no meu caminho".





Flor da Pele (1997)


A canção Flor da Pele é uma das mais antigas de Zeca Baleiro, tendo sido composta em 1989. Porém, o artista só a gravou no seu disco de estreia, Por Onde Andará Stephen Fry?, de 1997. A faixa, na versão de estúdio, conta com versos de Vapor Barato, música composta por Waly Salomão e Jards Macalé.


A música, uma das principais da carreira de Zeca, contou com diversas regravações, inclusive no Acústico MTV de Gal Costa, ainda em 1997, no qual eles fazem um dueto emocionante. A faixa aparece também no disco ao vivo de Baleiro com Fagner, lançado em 2004.


Flor da Pele ainda apareceu em trilhas sonoras de novelas, como Serras Azuis, da TV Bandeirantes, em 1998, e O Sétimo Guardião, da TV Globo, em 2018. Essa última contou com uma versão repaginada da música, gravada em parceria com a cantora Rachell Luz.


Entre as partes mais marcantes da letra de Flor da Pele estão os versos iniciais: "Ando tão à flor da pele / Que qualquer beijo de novela me faz chorar / Ando tão à flor da pele / Que teu olhar flor da janela me faz morrer".





Babylon (2000)


A canção Babylon foi composta por Zeca Baleiro e lançada no seu terceiro disco, Líricas. A música, que tem um ritmo com uma pegada bem nordestina, como a presença da sanfona em seu tema principal, é uma das principais do cancioneiro do artista. Na versão da música gravada com Raimundo Fagner no show conjunto dos cantores, eles fazem um medley com a faixa "O Último Pau de Arara".


A letra da música traz uma crítica ao capitalismo e ao hedonismo, brincando com as ideias de viver apenas para os luxos e prazeres, como "viver a pão-de-ló e Möet Chandon", e "comprar o que houver, au revoir ralé (adeus ralé)". Por outro lado, faz um contraponto com não ter condições de conseguir as coisas mais simples da vida, como "Não tenho dinheiro pra pagar a minha yoga / Não tenho dinheiro pra bancar a minha droga / Eu não tenho renda pra descolar a merenda / Cansei de ser duro vou botar minh'alma à venda".


Além disso, o nome da música faz referência a Babel, no começo da civilização babilônica, na qual conta-se a história que existia uma torre com em que as pessoas tinham dificuldades de se comunicar por confusão de línguas, mas mantinham uma vida de prazer e sexualidade.





Heavy Metal do Senhor (1997)


Um dos principais sucessos da carreira de Zeca Baleiro, Heavy Metal do Senhor é uma música escrita pelo em 1995 e lançada no seu primeiro álbum, de 1997. A canção tem como marca fazer uma mistura literal de rock com música nordestina, enquanto brinca com o próprio estilo no tema da canção.


Na música, entende-se a história do Diabo no inferno, que tocava apenas covers das músicas do céu com uma banda formada por anjos decaídos, enquanto Deus inventa um estilo pesado que desbanca o grupo infernal. "O mundo inteiro vai pirar com o heavy metal do Senhor", fala o refrão da canção.


Heavy Metal do Senhor tem, além de uma sonoridade muito rica e cativante, uma letra cheia de referências e trocadilhos, com um sentido bem cômico. A faixa fez parte da trilha sonora da novela Era Uma Vez, da TV Globo, em 1998.






Samba do Approach (1999)


"Venha provar meu brunch / Saiba que eu tenho approach": o início do Samba do Approach, uma das músicas mais importantes de Zeca Baleira, é marcante. A canção, gravada no álbum Vô Imbolá em parceria com Zeca Pagodinho, é uma das mais famosas e divertidas do acervo do artista.


A música faz diversas referências a termos americanizados que usamos no nosso dia a dia, funcionando como uma crítica aos estrangeirismos do inglês que incorporamos no português. A canção, composta por Baleiro, tem outros versos engraçados e marcantes, sempre com comentários ao fundo de Zeca Pagodinho, como "Eu tenho savoir-faire /

Meu temperamento é light / Minha casa é hi-tech / Toda hora rola um insight".





Bandeira (1997)


Bandeira, apesar de não tão famosa quanto outras músicas do disco Por Onde Andará Stephen Fry?, é considerada também uma das principais canções de Zeca Baleiro. A faixa, com um instrumental predominante de violões e com uma pegada suave e romântica, traz uma letra poética e cheia de imagens, como "Não quero medir a altura do tombo / Nem passar agosto esperando setembro".


A música, assim como várias outras do álbum, foi incluída na trilha sonora da novela Por Amor, lançada pela TV Globo em 1997. A canção venceu o Prêmio Sharp de "Melhor Música", em 1998. Além disso, no mesmo ano o clipe da música concorreu a "Videoclipe de Artista Revelação" e "Videoclipe de MPB", do VMB da MTV, mas não venceu nenhum.





Price Tag (2014)


Zeca Baleiro é conhecido por ser um compositor de sucesso, mas também pelas versões marcantes que faz para músicas já famosas. Neste caso, ele fez uma regravação da canção Price Tag, da artista britânica Jessie J. A homenagem é feita no disco ao vivo do cantor, Calma Aí, Coração - Ao Vivo, e se tornou uma das principais faixas deste registro.


A versão de Baleiro da música da Jessie J é marcante por trazer um arranjo próprio, usando principalmente violões e harmônica para fazer a melodia. A letra da música, porém, é a mesma da original, também cantada em inglês, apesar da interpretação única que Zeca Baleiro imprime no seu canto.





Calma Aí, Coração (2012)


Apesar de não ser um dos discos mais populares do artistas, O Disco do Ano, oitavo trabalho de Zeca Baleiro, lançado em 2012, conta com essa música que também acabou se tornando uma das principais do cantor. Calma Aí, Coração foi composta em parceria com o artista Hyldon.


A música tem um arranjo bem marcante, com uma guitarra rítmica próxima do reggae, mas com uma batida intensa e pesada, com um aspecto eletrônico. Entre os principais versos da música estão "Deixa / Me deixa em paz, ó meu coração / Chega / O que liberta é também prisão".


Em 2014, a gravação ao vivo da música, que faz parte do álbum Calma Aí, Coração - Ao Vivo, foi indicada ao prêmio Grammy Latino na categoria de Melhor Canção Brasileira, porém não faturou a premiação.





Envolvidão (2018)


Mais um dos covers de Zeca que se tornaram figuras principais do seu acervo é o hit Envolvidão. Composta e interpretada originalmente por Rael, Baleiro lançou a faixa em 2018 no seu disco Arquivo Raridades, que conta com várias músicas que gravou para outros artistas ou que nunca haviam sido divulgadas anteriormente.


Na versão de Zeca Baleiro, a música conta com um piano marcante e uma sonoridade que remete ao lo-fi em alguns trechos, com ruídos que lembram discos antigos, além de referências ao hip hop com scratches que aparecem ao longo da faixa.


Apesar de ter feito sucesso com o próprio Rael, Zeca Baleiro conseguiu se apropriar da canção com sua interpretação e voz marcantes, aparecendo de forma intensa nos versos populares: "Ela tem cores, curvas, sabores, coisas que seduz e / Eu levo flores, som de cantores e ela ama ouvir".




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